terça-feira, 21 de abril de 2009

ROMPENDO FRONTEIRAS: PRÁTICAS ESCOLARES EM CONSTRUÇÃO ENTRE O BRASIL E A FRANÇA AMAZÔNIDAS

Iniciamos no dia 06 de abril de 2009 nossa programação de assessoramento pedagógico à Escola Astério de Campos, uma unidade escolar de ensino fundamental da SEDUC que é especializada no atendimento de surdos e portadores de múltipla deficiência.

Nesse dia realizou-se o primeiro encontro entre as professoras Rita Bentes do Astério de Campos e as professoras Agnès Macabée e Marie Muniesa, do sistema educacional público francês na cidade de Cayena. Esse encontro foi mediado pela professora multiplicadora do NTE-Belém, Rosistela Oliveira.

As professoras da capital da Guiana Francesa, sobretudo a professora Agnès que trabalha com crianças surdas em Cayena, mostraram-se muito interessadas pelo trabalho realizado na escola, bem como pelo material e as metodologias ali implementados.

Apesar das diferenças entre a Libras e a língua de surdos usada na França, as professoras Rita e Agnès puderam se comunicar razoavelmente, contando também com o auxílio da professora Rosistela.

Dessa primeira visita brotou a vontade de iniciar um projeto de intercâmbio que, em um primeiro momento deverá se traduzir em uma aproximação das metodologias de trabalho tanto em Belém como em Cayena.

Foram acertados os primeiros passos: troca de e-mails para correspondência, fornecimento de parte do material básico já em utilização na escola Astério de Campos e em particular na Sala de informática, como cópias dos 10 CD do Projeto Educação de surdos, realizados e financiados pelo Instituto Nacional de Surdos (INES) em parceria com o Ministério da Educação (MEC).

A equipe constituída para essa ação já está redigindo um projeto didático-pedagógico, que possa contemplar os seguintes pontos:
- apresentação dos princípios gerais adotados, bem como das propostas curriculares relativos ao ensino-aprendizagem de crianças surdas nos dois sistemas (brasileiro/paraense e francês/guyanense);
- verificação da(s) possibilidade(s) de trabalho conjunto e da troca de experiências em matéria de ensino-aprendizagem de crianças surdas nesses sistemas;
- escolha de temas e atividades precisos de trabalho que correspondam a problemáticas presentes nos dois sistemas;
- planejamento e implementação de um projeto de intercâmbio que beneficie os participantes do projeto - professores e alunos dos dois sistemas -, e que possa servir como implementador de mudanças efetivas para questões relativas ao processo de ensino-aprendizagem de crianças surdas escolarizadas nos dois sistemas;
- utilização de recursos midiáticos apropriados para implementar essas ações, visando à comunicação, à pesquisa e divulgação dos resultados do projeto.

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