quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Estudantes criam rádio e tomam gosto pela leitura e pesquisas

Organizados em equipes, estudantes revezam-se no comando da programação diária da rádio, que tem transmissões nos intervalos das aulas (foto: progresso.com.br)A criação de uma rádio teve influência positiva nos alunos de ensino fundamental e médio da Escola Estadual Antônia da Silveira Capilé, no município de Dourados, em Mato Grosso do Sul, e repercussão favorável na comunidade. Coordenado pelo professor Kleiton Caminha, o projeto Rádio Capilé tem contribuído para despertar valores como liderança, autonomia, companheirismo e responsabilidade.
Os estudantes, organizados em equipes, revezam-se no comando da programação diária, transmitida nos intervalos das aulas. A necessidade de se manter informados para transmitir as notícias tem estimulado, entre eles, o gosto pela pesquisa, leitura e produção de textos. “Os resultados obtidos evidenciam que os estudantes percebem a escola de uma maneira diferente”, diz Kleiton. “Eles se mostram motivados nos estudos e com o cotidiano escolar.”
De acordo com o professor, os períodos de intervalo deixaram de ser os rotineiros. “Os alunos já se acostumaram com a programação diária, variada, que traz informações da escola e outros acontecimentos, principalmente vinculados à educação”, afirma.
A inclusão do projeto entre os premiados na oitava edição do Prêmio Professores do Brasil, em 2014, subcategoria Educação Digital Articulada ao Desenvolvimento do Currículo, foi a confirmação, para Kleiton, de que está no caminho certo. “Fico mais seguro e confiante para desenvolver novos projetos, buscando sempre um ensino de qualidade”, ressalta. Este ano, as atividades desenvolvidas foram aprimoradas a fim de oferecer mais autonomia aos alunos, estimular a fluência na leitura, promover o protagonismo juvenil e dar prioridade a temáticas de acordo com os interesses da coletividade escolar e local.
Há 11 anos no magistério, com graduação em educação física e especialização em atividade física, Kleiton exerce a atividade de professor gerenciador de tecnologias e recursos midiáticos. Sua função é oferecer situações didático-pedagógicas aos professores regentes para que eles possam planejar e desenvolver o uso das tecnologias de informação e comunicação e, dessa forma, estimular o processo de aprendizagem e a fluência na adoção dessas tecnologias. “A inclusão de atividades relacionadas à cultura digital na escola é de suma importância para que professores e alunos comecem a explorar melhor o que a tecnologia oferece”, diz.
Lousa — Este ano, o professor desenvolve o projeto Alunos Monitores: Desafios e Possibilidades no Uso da Lousa Interativa Digital, que tem o objetivo de melhorar a produção de conhecimento e desenvolver atividades que possam educar com as mídias. “A lousa digital possibilita diferentes práticas pedagógicas por meio de recursos interativos e inovadores”, esclarece. “Ela funciona como um computador, mas com uma tela maior e melhor, sensível ao toque.”
A primeira parte do projeto, já encerrada, capacitou alunos das turmas de segundo ano do ensino médio em oficinas realizadas no período de contraturno. Os estudantes adquiriram conhecimentos necessários para auxiliar os professores a usar a lousa digital. Na segunda parte do projeto, eles multiplicarão os conhecimentos adquiridos com os demais alunos. “Os benefícios são visíveis. Antes mesmo do término das oficinas, os alunos passaram a montar trabalhos e a apresentar seminários com a lousa digital”, afirma o professor. “Isso torna as apresentações atrativas, interativas e ricas em informações.”
Fátima Schenini

Tecnologia é usada como reforço aos conhecimentos dos alunos

Na escola de Fortaleza, os estudantes recebem atendimento individualizado no laboratório de informática, a fim de facilitar o contato com as ferramentas tecnológicas desenvolvidas para a realização das atividades curriculares (foto: patronatosagradafamilia.blogspot.com)É fundamental capacitar professores e fornecer tecnologia adequada e suficiente às escolas para incentivar o desenvolvimento de atividades que mostrem aos alunos o potencial criativo e transformador das ferramentas tecnológicas. Esse ponto de vista é defendido pelo professor Francisco Estêvão de Mesquita Lima, coordenador do laboratório educacional de informática da Escola de Ensino Fundamental e Médio Patronato Sagrada Família, em Fortaleza, Ceará.
Responsável pela coordenação do processo de formação dos educadores no uso das tecnologias, Estêvão trabalha com professores de todas as disciplinas e acompanha ativamente o planejamento de área e os planos individuais. “Nesses momentos, são discutidos os conteúdos a serem trabalhados e os objetivos a serem alcançados”, diz. “Há proposição de metodologias, atividades, análise de propostas e formas de implementá-las”.
 Segundo o professor, poucos estudantes sabem usar as tecnologias de forma a potencializar o conhecimento, competências e habilidades necessárias ao desenvolvimento integral. “A preparação adequada de professores para incorporar as tecnologias ao processo pedagógico tem mostrado ser capaz de intervir positivamente nesse desenvolvimento”, avalia.
Os estudantes recebem atendimento individualizado no laboratório de informática no período oposto ao das aulas regulares. “Isso possibilita um contato maior do aluno com as ferramentas tecnológicas desenvolvidas no laboratório para a realização das atividades curriculares”, salienta Estêvão.
Também no contraturno são realizadas pesquisas, atividades extraclasse e produção de material para apresentações de trabalhos em sala de aula, além de projetos, como a Mostra de Arte e Ciências. “Nessas ocasiões, presto suporte tanto pedagógico, visto que a maior parte dessas atividades é planejada comigo, quanto técnico, no que diz respeito à utilização dos recursos tecnológicos”, esclarece.
Estêvão observa que os alunos apreciam atividades que envolvam os recursos do laboratório de informática — computadores, tablets, microfones ou outros. As que mais os atraem são aquelas ligadas às redes sociais ou de criação de podcasts (áudio ou vídeo), que tornam os trabalhos conhecidos por outras pessoas.
Pesquisa — De acordo com o professor, um tipo de atividade que desperta interesse é a aula invertida (flipclass). Nela, os estudantes têm acesso a uma webquest (metodologia de pesquisa orientada para o uso da internet na educação, na qual os recursos para a pesquisa provêm da própria internet), com orientações, materiais de estudo e atividades de pré-avaliação. O acesso pode ser feito de casa ou no laboratório.
“Em sala de aula, o professor utiliza recursos como slides e lousa digital para fomentar uma discussão sobre o tema”, diz Estêvão. “Os professores gostam da metodologia, por permitir que os conteúdos sejam ministrados de maneira dinâmica e com envolvimento maior dos alunos, visto que eles são levados a estudar o assunto da aula previamente.”
Batalha — Jogo de desenvolvimento matemático, a batalha naval é outra das atividades desenvolvidas no laboratório de informática. Composto por dez níveis de dificuldade em cada conteúdo, ajuda a recuperar aspectos de matemática básica dos alunos. Pode ter participações individuais ou em grupo, com o apoio dos tablets educacionais ou da lousa digital.
O jogo permite aos professores acompanhar cada aluno de perto. “Se o aluno não consegue avançar em um nível, o professor analisa a situação e o orienta no ponto específico de sua necessidade para avançar”, esclarece o professor. Há sete anos no magistério, sempre na área da informática, Estêvão é graduado em administração de empresas e faz pós-graduação em informática e comunicação na educação.
Importância — A professora Silvana Rocha de Moura, diretora da instituição de ensino, considera de fundamental importância o estímulo à cultura digital na escola. “É preciso perceber a informática como ferramenta de apoio e fortalecimento do processo ensino-aprendizagem”, destaca. “É possível verificar um maior envolvimento e interesse do estudante, que vê nas mídias uma possibilidade de crescimento e preparação para o mundo do trabalho.”
Para Silvana, é necessário investir no uso responsável e seguro da tecnologia nos processos pedagógicos, a fim de obter uma melhoria no aprendizado. “São inúmeros os benefícios que podem ser alcançados tendo em vista um alunado pronto a enfrentar desafios e a fortalecer as habilidades e competências”, ressalta. Professora de educação física, com pós-graduação em administração escolar e informática educativa, Silvana atua no magistério há 22 anos.
A escola Patronato Sagrada Família tem 782 alunos matriculados no oitavo e no nono anos do ensino fundamental e nos três anos do ensino médio.
Fátima Schenini 

sexta-feira, 4 de setembro de 2015


     Caros Professores das escolas estaduais que possuem espaços pedagógicos, laboratórios multidisciplinares e salas de Informática... Em atenção às diretrizes educacionais de produção e divulgação do conhecimento científico e do uso de  Tecnologias Educacionais e Informática Educativa no Brasil e no Estado do Pará. Estamos divulgando neste espaço, o cartaz do MEC sobre a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no intuito de que as escolas da rede pública divulguem projetos científicos e inscrevam seus projetos conforme as orientações do cartaz a seguir.