segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Oficina de Rádio - SECOM/SEDUC




O NTE-BELÉM em parceria com a SECOM- Secretaria de Estado de Comunicação, esteve esta semana em Marudá, durante o IV Jogos Tradicionais Indígenas do Pará,que contou com a participação de 15 etnias indígenas. Através do Projeto Biizu, foram realizadas oficinas de áudio /vídeo, fotografia e rádio, ministradas por uma equipe constituída de jornalistas, fotógrafos, radialistas e professores. O evento que atraiu mais de 55 mil pessoas foi realizado em uma arena montada na praia, com arquibancadas para mais de 2 mil pessoas.
A oficina de rádio ministrada pela professora/radialista Vânia de Castro do NTE/Belém, contou com a participação de pessoas da comunidade indígena e não indígena, entre elas profissionais da rádio Tropical de Marudá.Assuntos como Locução,Jornalismo,Produção,História do Rádio e Equipamentos de som foram abordados durante a oficina, que teve carga horária de 20 horas com direito  a certificado do Biizu.
Durante a semana varias modalidades esportivas foram alvo de atenção do público, entre elas danças sagradas, luta corporal, cabo de guerra, lançamentos de flechas,canoagem, corridas de toras, arremesso de lanças e até um ritual de batismo.
Entre as modalidades tradicionais, a apresentação de onze arqueiros da etnia Xikrin,fez a arquibancada lotada delirar.Moradores de Marudá e visitantes gritavam os nomes dos atletas e das etnias,para incentivá-los nas competições.Na apresentação dos arqueiros,o destaque foi para Aikaporati, 60 anos,da etnia Gavião Kykatejê.Mais velho arqueiro a se apresentar na arena,sendo muito aplaudido.Os índios retribuíam a empolgação da plateia com gritos de guerra.
Apesar da pouca familiaridade com o Português, alguns indígenas usaram o microfone para dizer que estavam contentes com a participação do público.Vale resaltar que competição entre índios,não é realizada para alcançar vitória,mas sim para integrar  grupos e festejar  o encontro entre as etnias.
Um dos momentos mais marcantes aconteceu em um final de tarde, quando Marcos Terena, um dos idealizadores do evento, pediu a indígenas e não indígenas que levantassem os braços para saudar o por do sol e a lua, na hora em que a maré alta já estava bem perto da arena onde os atletas se apresentavam. “Para nós, a lua representa a força da mulher. A renovação da vida. Agradecemos por essa linda lua que vem iluminar nosso evento, e pelo dia maravilhoso que termina”, declarou Marcos Terena,aplaudido de pé  pela multidão.
Grupos folclóricos locais também se apresentaram, mostrando a dança da farinhada e do encanto do boto. No final, indígenas e não indígenas entraram na arena para dançar o carimbó, considerado desde ontem Patrimônio Cultural Brasileiro.

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