Uma de nossas intenções quando propusemos e levamos a cabo o projeto de criação de Blogs das escolas públicas estaduais de Belém, em 2007, era empregar os blogs como ferramenta não apenas de divulgação das ações curriculares ou extra-curriculares e projetos pedagógicos acontecidos no chão da escola, mas também fazer deles um instrumento de acompanhamento, a distância, das atividades desenvolvidas nas Salas de Informática dessas escolas. A maioria dos blogs das escolas tem servido para isso.
Contudo, muito do que acontece na escola e que afeta o atendimento dos alunos nas Salas de Informática, como computadores com defeito, roubo de máquinas etc; ou coisas que interfere profundamente no desempenho de alunos e de professores, como por exemplo riscos de assalto ou reforma de salas de aula, raramente são tratados no blog da escola. Um blog serve para oferecer um retrato da escola.
O blog da escola é uma ferramenta de mídia que pode apresentar não somente aquilo que gestores, equipe técnico-pedagógica e de apoio fazem para garantir o bom funcionamento do local, bem como o que professores e alunos fazem para tornar aquele espaço um verdadeiro local de aprendizagem, de geração de conhecimento e, sobretudo, um local de formação de um cidadão cônscio de seus devere, de seus direitos e de suas obrigações.
Muita gente acha que a SEDUC, órgão maior da educação no/do Estado, sabe de tudo que se passa em cada uma das 1,5 mil escolas da rede pública estadual. Ora, isso é impossível! Até mesmo para as escolas situadas na capital e nos municípios vizinhos. Mas se uma escola que tem blog faz uma postagem tratando de um determinado problema que afeta toda comunidade, muitas vezes tal notícia chega mais rapidamente a SEDUC do que se percorresse os tramites burocráticos tradicionais.
Por isso o blog de uma escola DEVE trazer seus casos de sucesso, sem dúvida, mas também PODE servir como um instrumento de denúncias, expondo o que contribuiu para o fracasso de seus projetos, ou o que quer que tenha impedido a execução das ações planejadas (caso isso seja relevante para efeito de avaliação do desempenho da escola).
Por exemplo, atualmente algumas escolas passam por reformas, como é o caso da Escola Albaízia de Oliveira Lima, na Av. Almirante Barroso (ao lado do Tribunal de Justiça do Estado) cuja reforma já completou aniversário faz tempo e ainda está longe de terminar; e da Escola Marechal Cordeiro de Farias, ao lado da Albanízia, que atualmente passa por uma verdadeira reconstrução, em compensação apenas algumas salas de aula estão funcionando, onde as turmas se revezam; e a Sala de Informática virou depósito de materiais. Essa situação provocou uma enorme evasão de alunos.
Em janeiro passado o blog do Cordeiro de Farias fez uma postagem expondo as precárias condições da escola (veja AQUI), mas desde que começou a reforma não fez mais nenhuma postagem informando à sua comunidade leitora a atual situação da escola, que compromete tanto o trabalho de professores bem como as ações planejadas pela Sala de Informática.
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